Mais uma vez no mesmo sítio. Contínuo aqui, estática e serena.

Tenho a alma calma e o coração ardente. O sangue escorre-me pelo corpo e as palavras invadem-me a mente.

Tenho tantas vezes vontade de mandar tudo cá para fora, deixar as palavras saírem da forma que elas querem e não deixar que o medo de magoar alguém acabe com a vontade da minha felicidade. 

Sempre pensei mais nos outros que em mim, sempre tentei dar de mim tudo o que tinha e não tinha por um sorriso alheio, sempre guardei as angústias só para mim e sofri em silêncio.

Chega. Acabou. Acabaram-se os sorrisinhos falsos, os olhares tímidos, a escassez das palavras. Vou deitar tudo cá para fora e mostrar que, também eu, sou feliz à minha maneira e posso fazer tudo do meu geito.